10 de out. de 2008

A Soberania do Senhor Jesus


"Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Por ventura, a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?" Romanos 9;20


Olá queridos Leitores, boa tarde.

Mais um final de semana se aproxima e estou aqui a compartilhar um pouco mais de minhas reflexões.
Durante esta semana eu ministrei em três cultos, em lugares diferentes, usando como base textos diferentes, mas incrivelmente esbarrei em uma mesma verdade Teológica: A soberania de Deus.
Na terça-feira, após chegar de Sta. Catarina eu fui a Catalão GO, onde ministrei o capítulo 12 de Romanos, já na quarta feira discorri sobre o Capítulo de numero cinco de primeira Tessalonicenses e ontem falei na igreja do Bairro Morumbi, aqui em Uberlândia, nos capítulos 36 e 37 de Isaías.
Em todas estas palavras, embora a tónica de cada uma delas sejam diferentes, vimos a soberania do Senhor sobre aqueles que ele comprou para si.
Este versículo de Romanos nove, que abri este artigo, fala desta verdade irrefutável, sim irrefutável para àqueles que se tornaram propriedades do Senhor Jesus, através de aceitarem o plano de salvação que foi proposto pelo Senhor atraves de seu sangue derramado na cruz por nós, efetivando este plano do Senhor ao nos batizarmos, por imersão, em nome de Jesus conforme as escrituras nos ensina.
Entender a Soberania do Senhor é entender a essência deste Deus poderoso; talvez devido ao movimento iluminista, ao movimento renascentista, ao antropocentrismo, ao positivismo e todas estas correntes filosófica que se desenvolveram ao longo dos séculos, nós passamos a ser racionalistas por de mais, o que não foi bom, pelo menos quando pensamos apartir do prisma Aristotélico. Este nos levou a pensar no Justo Meio termo, uma vez que ele considerava os estremo como sendo vícios, e o Justo Meio termo, ou o equilíbrio como sendo a Virtude.
Se na período medieval houve uma intensa busca pelo divino em sobreposição a razão, o que vemos hoje é o contrário. Não sou da linha de Agostinho que buscava sobrepor a fé sobre a razão, sendo assim sou mais afeiçoado ao pensamento de Tomás de Aquino que busca este equilíbrio e nos mostra que é possível conciliar Fé e Razão, e o próprio apóstolo Paulo o fez, ao nos mostrar em Romanos 12 que devemos prestar um culto Racional ao Senhor, ou seja um culto que seja fruto de nossa vontade, que seja com um sentido e uma direção, e não apenas um rito, sem um sentido e sem uma vontade própria. Cultuar ao Senhor deve ser algo que tenha o sentido de expressar nossos sentimentos e verdades a ele, único digno de receber nosso louvor.
Por isso há uma concordância de Paulo em relação a virtude, ao equilíbrio, quando pela razão ele nos faz enxergar que é irracional a coisa feita querer ditar ao que a fez, o que deveria ou como deveria ser feito.
Embora seja irracional, nos estamos a todo momento dizendo, com nossas ações e atitudes, ao Senhor que ele errou, ou que fez da pior maneira, que deveria ter feito de outro jeito, e nos esquecemos que somos criaturas e ele o criador, antes que tivéssemos forma, ele nos pensou, nos formou à sua maneira. Mas como eu disse a pouco, a nossa base histórica nos levou a uma racionalização das coisas, de uma maneira que queremos ter as respostas para tudo, as justificativas para todas as situações. Porém quem é que pode decifrar as emoções ou razões do pintor para que tenha feito esta ou aquela pintura? Quem poderá com exactidão dizer o que passava na cabeça de Picasso quando este realizava uma de suas obras? Um dia descobriremos de fato se a Pintura de Mona Lisa era um disfarce do próprio artista? Era esta obra uma referência a um de seus amores? Ou nos damos por satisfeito com o Código da Vince?
Serão para sempre especulações sobre o Artista e suas obras; Assim querer "brigar" com o Senhor se tornará fruto de uma leviandade descabida, pelo simples fato que ele é o Artista, e teve la suas motivações ao fazer sua obra. Se de fato ele é soberano em nossas vidas, se de fato é um Deus de Amor, e é nosso salvador, então devemos descansar nele.
É claro que em algum momento da vida nos sentimos frustrados por não termos as respostas, por não acharmos um significado, uma razão e um sentido para alguma situação, mas ainda nestes momentos ele será soberano. Tu sabe o que faço nestes momentos que não encontro explicações? Apenas digo: Senhor eu não compreendo porque isto me sobreveio, não entendo o por que das coisas, não sei o teu propósito neste projeto, mas ainda confio que o Senhor é soberano em minha vida, ainda vou descansar no Senhor, apenas me de a graça necessária para passar por este período confiando em ti, Amém.
É esta a minha opinião para você querido (a) leitor (a).
Jesus é soberano e ponto. Cabe você descansar nesta verdade e confiar de todo o teu coração nele, mesmo que tu não entendas, ele ainda será soberano, e nos a "coisa feita."
Espero ter ajudado alguém nesta tarde.

Em Cristo,


Pr. Jefferson Souza

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