tag:blogger.com,1999:blog-30742842.post4704403277319896979..comments2022-03-26T18:04:52.476-03:00Comments on Pr. Jefferson Souza: Homofobia X Liberdade de Consciência e de CrençaAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/12104750385657397277noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-30742842.post-7707319413388069062011-04-17T17:11:43.247-03:002011-04-17T17:11:43.247-03:00Meu caro Jefferson, Graça e Paz.
O que eu acho pi...Meu caro Jefferson, Graça e Paz. <br />O que eu acho pior na referida lei, que é sim digna de críticas, é a perspectiva filosofica que, a despeito de possuir uma casca libertária e vanguardista, possui um atavismo sem tamanho. A discussão sobre as origens da homossexualidade ou homoafetividade esbarram sempre na questão do inatismo, ou seja, isso é uma condição inata da pessoa ou é uma escolha que a pessoa faz? Em que pese ser uma conversa sem fim, e que não chega a conclusões ou a soluções de problemas mais graves a serem tratados, como violência ou intolerância, atos que são repugnantes, o consenso, até então, era de se tratar como uma opção, e não uma condição. O que a lei da homofobia, ao meu ver, faz é tratar o assunto como uma questão inatista, de eu não poder falar ou me pronunciar sobre uma condição da pessoa. Isso é um tiro no pé dos libertários, pois leva o tratamento à perpectiva naturalista, discurso que, facilmente, desembocará na intolerância. Se é uma condição natural, a pessoa precisa ser tratado, ela é um doente, haja vista que, na natureza, não existe homossexualidade ou homoafetividade, somente em casos de anormalidade social. <br />E mais, dentro do domínio da ética, o discurso do "bem" e do "mal", do "certo" ou "errado", é típico religioso. Os apontamentos de Max Scheler sobre ética trabalham a dualidade como típica da religião. O sociólogo Niklas Luhmann também concorda com isso. Será que a lei quer cercear o cerne da homilética, o que a distinguiria da moral, dos costumes ou da "religiosidade"? E mais, quem disse que o discurso do "santo", "sagrado", não pode concorrer ou caminhar com o discurso do "amor"? O líder religioso pode sim falar do errado da homoafetividade, é obrigação dele como líder religioso, e nem por isso, precisa deixar de ser amoroso com o pretendente a fiel. Apontar o dedo, fazer chacotas, escarnecer publicamente, são casos isolados, que ocorrem em igrejas católicas, espíritas de toda espécie, budistas, tanto quanto evangélicas. <br />Enfim, entendo como um retrocesso a lei, do ponto de vista filosófico. Minha opinião como cristão é a mesma sua, pr. Jefferson. Não há um só justo no mundo, diria o escritor Paulo. Nem travesto, nem gay, nem lésbica, nem pastor, nem padre, nem ateu. Por isso, podemos dar opiniões sobre o modo de vida uns dos outros, e mais, mostrar a todos a palavra de Deus.Ricardo Salgadonoreply@blogger.com